Renascimento da teoria da geração espontânea

Renascimento da teoria da geração espontânea


Francesco Redi generalizou suas conclusões afirmando que todos os seres vivos vêm sempre de outros seres vivos. Assim nascia a teoria da biogênese. Mas no século XVII, com a descoberta dos microrganismos, a abiogênese renasceu. Afirmava-se que os microrganismos eram tão simples que poderiam surgir da matéria sem vida.

Em 1945, o naturalista inglês John Needham (1713-1781) aqueceu e fechou hermeticamente vários recipientes  com caldo de carne. Depois, observou que, mesmo assim, se desenvolvia neles grande número de microrganismos (bactérias). Segundo ele, isso demonstrava a existência de geração espontânea.

Vários cientistas da época questionaram essa conclusão. Ainda no século XVII, o padre italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799)  achava que,  com  a temperatura dos frascos de Needham  era baixa demais, nem  todos os microrganismos haviam sido destruídos. Partindo dessa hipótese, ferveu por longo tempo caldo de carne em vários frascos e manteve alguns abertos, enquanto o restante foi lacrado logo depois da fervura. Ao final da experiência, demostrou que os  microrganismos só apareciam nos frascos abertos, pois vinham do ar e não do líquido interno. Ainda assim foi criticado por Needham, que argumentou que nos vidros lacrados não entrava ar, o que impedia a formação de microrganismos. 

Além disso, os defensores da geração espontânea argumentavam que a fervura prolongada teria  destruído um  ''princípio vital" que existia no caldo de carne e que  era necessário para a formação de organismos por geração espontânea.

Não se conseguia imaginar um experimento controlado  no qual não houvesse interferência desses fatores (ar e princípio  vital). 


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