As Primeiras Células (parte 1)

As primeiras células

Nas décadas de 1950 e 1960, o cientista norte-americano Sidney Walter Fox (1912-1998) mostrou que, em certas condições, aminoácidos podem se unir espontaneamente e formar pequenos peptídeos. Posteriormente, outros cientistas mostraram que esse tipo de síntese poderia ter ocorrido com o auxilio de catalisadores minerais, como sulfetos metálicos e silicatos, na superfície de certas rochas ou da argila (sulfetos estão presente em grande quantidade nas fendas hidrotermais, um possível local para a origem da vida). Essa  síntese pode ter originado vários tipos de polímeros.

Fox também demonstrou que proteínas em solução em água quente poderiam, por resfriamento, produzir pequenas vesículas esféricas com cerca de 2μm de diâmetro, chamadas microsferas.

Algumas microsferas podem reagir a variações osmóticas e absorver compostos orgânicos em sua superfície. Elas ainda apresentam complexidade muito inferior à do ser vivo mais primitivo, mas, se colocarmos em seu interior enzimas e seus substratos, começam a ocorrer reações químicas, surgindo, assim, uma espécie de metabolismo primitivo.

Outro tipo de aglomerado de moléculas orgânicas foi obtido por Oparin ao misturar ácido a uma solução de proteínas em água, chamada coloide. Com a mudança de acidez, várias moléculas de proteínas se aproximam, formando aglomerados visíveis ao microscópio, os coacervados. É possível que muitos coacervados tenham sido destruídos, enquanto outros evoluíram para uma forma mais complexa, com a adesão de moléculas de gordura à sua superfície. Essas moléculas poderiam ter formado uma espécie de membrana primitiva.


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